terça-feira, 23 de dezembro de 2008

eu que nunca fui assim

muito de ganhar...
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
só pra viver em paz!

Quem acha que perder
é ser menor na vida ?
Olha lá quem sempre quer vitória
e perde a glória de chorar.

de onde vem a calma

não vão embora daqui
eu sou o que vocês são
não solta da minha mão
não solta da minha mão
...

e no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

eu e você

chego em casa
uma pasta... fotografias
sorrisos abraços contagiam
lembranças boemia
emoções capitadas
vidas registradas
almas roubadas
lugares alegria
familia,amigos
entranhos e conhecidos
fecho os olhos
nostalgia

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Grata

a tristeza que trás inspiração
a alegria repentina ansiando o som
e tudo é perfeito até nas imperfeições

eu vou ficando aqui

Pinta outra tela para aquele quadro
Pinta outra cena que te faça sorrir
Se é isso q te faz feliz quem sou eu pra impedir?
Voe pelos mesmos ares que algum dia voamos nós
Voe por outros ares que algum dia sonhamos nós
Mas voe

Cante o mesmo trecho
Recite o mesmo texto
Eu não entendo

Eu não me entendo
Se tudo que ouço e leio é para ti
Mas respeito

No nosso retrato mais bonito
Só eu não percebi que era eu que passava
No ensaio de nossa peça
Só eu não percebi que era eu que sobrava
Então apaga
Então me apaga
Apaga a luz do nosso palco quando for sair
Eu...
Eu vou ficando aqui.

para papai e mamãe


fora estremeço
hora enlouqueço
saio do contexto
de filho prodígio
caminho assim
fora do eixo

aqui
enquanto chove
em teu colo
me deito
por hora esqueço
seguro enfim
adormeço.

(minha casa é meu lar)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reticências™

Ser essência...
Muito mais...

Ser essência...
Muito mais...
A porta aberta, o porto, acaso, o caos, o cais
Se lembrar de celebrar muito mais
Se lembrar de celebrar muito mais
Se lembrar de celebrar muito mais
.
.

.


Tá certo que o nosso mal jeito foi

Vital pra dispensar o nosso bom
O nosso som pausou
E por tanta exposição a disposição cansou
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora
Solução é a solidão de nós
Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga?
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor...
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar


*a poesia prevalece.

sobra tanta falta...™

Falta tanta coisa na minha janela
como uma praia
Falta tanta coisa na memória
como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
que nunca consigo

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dor

Observando o que nunca havia percebido
e então lágrimas quentes
lástimas decorrentes
do aperto do peito

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Amadurecência™

Primeiro senso é a fuga
Bom na verdade é o medo
Daí então a fuga


O parto ocorre
Parto-me...

Lamentavelmente eu sou assim...™

Um tanto disperso
Às vezes desapareço
Pois depois recomeço
Mas antes me esqueço

*a arte de descordar da dor

terça-feira, 4 de novembro de 2008

silêncio

você esta correndo na velocidade da luz
passos largos pra chegar até lá
um punhado de histórias pra contar
um oceano de saudades pra matar
você só precisa da vida dela na tua
do jeito q couber
do jeito q encaixar
mas de repente você vê
de repente você procura e você acha
alguma coisa q te freia
alguma coisa q te para
um passo para trás
então você vê alguma coisa q te cala
rasgue as cartas e volte para o seu lugar

amor assim foi feito pra se silenciar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

tropeço

tropeço
hoje eu peço
mão

tropeço
quando há muito espaço vago
é mais fácil errar os passos
menino perdido...
sem direção

tropeço
hoje eu rezo
preciso de mãe
e proteção.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

- eu te amo.

- eu sei, não precisa dizer.
- eu sei que tu sabes, apenas te digo para lembrar a mim mesma.

domingo, 17 de agosto de 2008

e a gente se (des)faz

Se desfaz em tranças procurando um lugar
Então se refaz do ar, da água, da terra, da lua...
Lá do alto da montanha se refaz no meu olhar
E me faz...

E a gente se desfaz tanto em dor pra se fazer amor
Rola no chão comigo coração
Se desfaça em versos pra fazer esta canção

Se desfaça em um bar
Então eu me refaço, faço fogo pra te queimar...
Lá do alto da montanha vejo cinzas em teu olhar
A gente se desfaz tanto do amor em busca de dor

Se (des)faz em mim

Se (des)faça de mim
Enquanto eu (des)
peço
(de) você.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sobre

Eu sou negra de olhos azuis, indígena civilizada, eu sou o estrangeiro, o estranhamente familiar, a italiana visceral, a portuguesa da aldeia, a amante espanhola, o filósofo alemão, a mulata da ginga, o velho xamã em transe!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Amor

Aquele doce que derrama
e entra por entre paredes,
o coração como o centro
de balas e tiroteios
um verdadeiro campo minado
cuidado,
não pise na grama.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Apenas por um

enquanto soava ao fundo um jazz
não conseguia enconder os olhos
o olhar de sempre
os velhos olhos
aqueles que você já se delumbrara
mas apenas por um...
enquanto soava ao fundo um coração
o mesmo coração de sempre
aquele que ja te abrigara
mas apenas por um...
enquanto soava ao fundo um perfume
o cheiro que dela vinha
aquele o qual você respirara
mas apenas por um...

apenas por um
tempo.

sábado, 28 de junho de 2008

Uns Versos

sou sua noite, sou seu quarto
se você quiser dormir
eu me despeço
eu em pedaços
como um silêncio ao contrário
enquanto espero
escrevo uns versos
depois rasgo



sou seu fado, sou seu bardo
se você quiser ouvir
o seu eunuco, o seu soprano
um seu arauto
eu sou o sol da sua noite em claro,
um rádio


eu sou pelo avesso sua pele
o seu casaco
se você vai sair
o seu asfalto
se você vai sair


eu chovo
sobre o seu cabelo pelo seu itinerário
sou eu o seu paradeiro
em uns versos que eu escrevo
depois rasgo.




[Adriana Calcanhotto]

sexta-feira, 13 de junho de 2008

meros amantes...

do vazio da vida que escolhem!
by A/C - sou fã.

Ensaio Sobre a Cegueira

''Jovens sem nenhuma utopia caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas, sem nenhuma luz. Sem nenhuma luz de Fernando Pessoa. Fechados nas sexuais telas da impotência, se masturbam contemplando corpos em decomposição. Morte da minha fé, onde estavam o beija-flor e o arco- íris... na hora do nascimento destas criaturas. Quantas gotas de flor restam pros corredores de céus de vossas bocas, quais noites clamam por vossos nomes. Eu entrando na virtuosa idade, eles entrando em idade nenhuma. Os filhos da morte burra, cheiram o branco pó da anemia. Esqueceram que um dia tocaram na poesia da transgressão em pleno frente de suas esquecidas mães. Esqueceram de colar o ouvido ao chão para ouvir as eternas batidas do coração das borboletas. Os filhos da morte burra, jamais levantam uma folha para conhecer o labor dos insetos. Jamais erguem taças ao luar, para brindar a vigorosa lua. Os filhos da morte burra desconhecem ou jamais ouviram falar em iluminação. Apenas abrem a boca para vomitar''

terça-feira, 3 de junho de 2008

Fundo do baú

Produção
Teatro
Fotografia e
a arte distancia.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Sinto muito

Por sentir tão pouco.

Sorte de leminski

Já não temo os fantasmas
invoco a todos
que venham em bando
povoar meus dias
atormentar minhas noites

entre tantos
loucos e livres
existe um
que é doce
e que me falta.

(Alice Ruiz)

...

Nessa de alegria
a minha vida está cheia de ser vazia.

Monstruoso.

Corpo e mente sempre em sintonia
Disformes, os dois estão assim,
de brincadeira comigo, já faz tempo.

Palhaça

O meu maior sonho
é representar alguma coisa.
Mas não é qualquer coisa,
é o teatro que não me sai da cabeça.
Só que de teatro só tem a minha vida,
onde de papel só o pra enxugar as
lágrimas que escorrem é que realmente
existe,
-e vivo na mais pura sobriedade!!

Do meu lado

Poucas coisas a meu favor.
Muito pouco tenho a oferecer,
o de melhor é compartilhar a
minha apatia. Isso aí não é pouco,
eu semeio indiferença, frustada com
o que não me deixam ser, ou que eu
não consigo ser, eu sou assim.
O que não sou.

Ainda te levarei

Ainda te levarei
Amor
Para comer nozes frescas
Na montanha
E pendurar cerejas nas orelhas
Como se fossem flores
Ou rubis.
As nozes
Meu amor
Mancham os dedos
E são verdes e exatas
Como ovos
Mas as cerejas
Ah! As cerejas
São quando a cerejeira sua
Seu manso sangue.
Ainda te levarei àquela casa
onde floriam lilases
e serpentes tão claras quanto a água
deslizavam ao pé das macieiras.
Te mostrarei três lagos
no horizonte
três queijos maturando
numa adega
três lesmas
escondidas sob um vaso.
Estará tudo lá
à nossa espera
morangueiras quebradas
lagartixas.
Só não estará meu medo
de menina
aquele mais escuro que os ciprestes
ecos no mato passos sobre a ponte
garras na saia vento nos cabelos
e o latejar das veias repetindo
estou sozinha
e ninguém me salva.

(Marina Colasanti, pra quando eu estiver bem...)

Vital

Não tem graça, essa histótia de não conseguir dizer, esse jeito de não saber falar, ser desarticulada. Isso ainda mata, talvez aos outros primeiramente e depois a ela por decepção.

5 reais

De todas as situações que ela tentava se dispersar para afastar a tristeza, aparecia a sua frente a causa da maioria de sua lastimação. Sempre assim, encontrava logo motivo para voltar as suas raízes.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Régio

Eu, dar flor, já não dou. Mas vós, ó flores,
pois que maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar flor, já não dou.

Eu, cantar já não canto. Mas vós, aves,
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.

Eu, invernos e outonos recalcados
Regelaram meu ser neste arrepio...
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, é de mim o frio.

Eu, Maio, já não tenho. Mas tu, Maio,
Vem, com tua paixão,
Prostrar a terra em cálido desmaio!
Que eu, ter Maio, já não.

Que eu, dar flor,já não dou; cantar,não canto;
Ter sol, não tenho; e amar...
Mas, se não amo,
Como é que, Maio em flor, te chamo tanto,
E não por mim assim te chamo?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Dramaturga

São grupos restritos.
E agora elas não a deixam entrar.
Noooossa mas por quê?
....................................................
Pobre coitada miss don't fit!!!!

Nada faz.

Escuta o barulho de tudo, dos grilos,
da geladeira, dos gatos, dos carros, das portas,
dos relógios, do lápis no papel e acha que tudo pode ser sinfonia ou poesia.
Mas logo se irrita.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Porém cuidadosa

Aqueles numeros todos não saem da cabeça.
Mas só loucos gravariam numeros assim.
Faz tempo que não gravara sequer um,
agora- ultimamente -decorara um novo, esse maior,
mais trabalhoso, mais resposabilidade que não se passa pela cabeça assumir.
Não interessa, nunca se gostou do juízo.

Madrugada escura

O galo canta.
Está acordada, não dormiu.
5 mimutos de um bom momento
parece segundos;
5 minutos de insonia
leva uma vida,
desgraçada.

Agora

E
pensa
em alguém.
Homem
e
mulher.
Os insanos
da vida
dela.
Cada
qual
com sua
vida
programada.
Ela
bagunça,
solidão,
nada.

Eu

Agora
consegue
resumir-
se
em
muitas
palavras.
Três
ou
quatro.

Mas ela é tão bonita!

Ahhhhhhh,
ela
gritou
insanamente.
Ninguém
entendeu...
como
se
beleza
evitasse
pânico!!

Mente inútil

Penso
em tudo.
Imagino
o infinito,

não consigo
ver
o que
está
na minha
frente.

Adeus

Não.
Eu tô bem.
Felicidade
é coisa
que sempre
pende
pra algum
lado mesmo.
Bom
que o lado
oposto
insisti
em gostar
de mim,
assim
eu apenas
a
observo
e
aceno.

Sal e açucar

Ela é amarga,
assim como seu fraco
ser café forte.
Ela é doce,
assim como seu forte
é ser fraca.

DOCE

Com amor
e de
muito amor.
Com os mais
abstratos
sonhos
e de realidade
asoluta.
Verdade
incerta
e desejo
profano.
Só se
eu e ele
Pena,
só se...
MEL

MOÇO


vem
ele,
com
conversas
sedutoras
e
cheio
de
encantadoras
metáforas.

vou
eu,
na
casa
azul,
de
preto
e
saio
feito
arco-
íris.

ele
pra
conseguir
colorir
assim.

eu
pra
tentar
ser
feliz
assim.
Com
ele.
MACIO.

domingo, 11 de maio de 2008

Skap

quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz

você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho

Zeca Baleiro

sexta-feira, 9 de maio de 2008

The end

This is the end,
my only friend!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Desculpa...

se te olho nos olhos e você reclama
que te olho muito profundamente.
Desculpa...
se tudo que vivi foi muito profundamente...

Eu te ensinei quem sou
e você foi me tirando
os espaços entre os abraços...
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre
não importava o que os outros dissessem...
Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim...
como se houvesse possibilidade
de me inventar de novo.

Desculpa...
desculpa se te olho profundamente,
rente à pele...
a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços
a ponto de ver a estrada onde ficam seus passos.

Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos
eu não vou renunciar a mim, nenhuma parte...
Nenhum pedaço do meu ser
vibrante, errante, sujo, livre, quente!

Eu quero estar viva
e permanecer te olhando profundamente.

quinta-feira, 13 de março de 2008

À Beira do Mar Aberto

"... e de novo então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és e unicamente assim é que me queres e me utilizas todos os dias, e nos usamos honestamente assim, eu digerindo faminto o que teu corpo rejeita, bebendo teu mágico veneno porco que me ilumina e me anoitece a cada dia, e passo a passo afundo nesse charco que não sei se é o grande conhecimento de nós ou o imenso engano de ti e de mim, nos afastamos depois cautelosos ao entardecer, e na solidão de cada um sei que tecemos lentos nossa próxima mentira, tão bem urdida que na manhã seguinte será como verdade pura e sorriremos amenos..." CFA.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Relativo

Depende muito
depende de quanto queres
quantas palavras queres?
Uma?
Amor.
É muito vago assim?
Depende.
Quantas pessoas queres?
Duas?
Eu e você.
Continua vago?
Então quantas provas queres?
Três?
O dia, o poema e a canção.
Ainda pouco?
Então o que queres?
Depende.
É muito relativo!
Depende muito:
Do amor, de mim, de você, do dia, do poema e da canção.

(para a amiga Diana Carísio)

quinta-feira, 6 de março de 2008

idealista

um id
e
a
lista
de papéis
a guardar
guardo eu
guardo tu
guardo sonhos
entre quatro

paredes.

de manhã
quando chove
guarda-chuva
guardar datas
guardar livros
entre números
na gaveta.

quarta-feira, 5 de março de 2008

"Não consigo ver mais que isso:

essa é a lembrança. Além dela, nós conversamos durante muito tempo na chuva, até que ela parasse, e quando ela parou, você foi embora. Além disso, não consigo lembrar mais nada, embora tente desesperadamente acrescentar mais um detalhe, mas sei perfeitamente quando uma lembrança começa a deixar de ser uma lembrança para se tornar uma imaginação. Talvez se eu contasse a alguém acrescentasse ou valorizasse algum detalhe, assim como quem escreve uma história e procura ser interessante - seria bonito dizer, por exemplo, que eu sequei lentamente seus cabelos. Ou que as ruas e as árvores ficaram novas, lavadas depois da chuva. Mas não direi nada a ninguém. E quando penso, não consigo pensar construidamente, acho que ninguém consegue. Mas nada disso tem nenhuma importância, o que eu queria te dizer é que chegando na janela, há pouco, vi a chuva caindo e, atrás da chuva, difusamente, uma roda-gigante. E que então pensei numas tardes em que você sempre vinha, e numa tarde em especial, não sei quanto tempo faz, e que depois de pensar nessa tarde e nessa chuva e nessa roda-gigante, uma frase ficou rodando nítida e quase dura no meu pensamento. Qualquer coisa assim: depois daquela nossa conversa - depois daquela nossa conversa na chuva, você nunca mais me procurou."
Caio Fernando Abreu

domingo, 2 de março de 2008

É que ao chegar em casa...

me depositei
na latrina
e assisti
de soslaio

um punhado
de sóis negros
na boca
do crepúsculo

dançando loucos
em torno de mim.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Se eu for...

Vou assim,
não vou trocar de roupa.
É minha lei.

O que eu mais maldizia...

Como pode ter gente catando a mesma musica pra pessoa diferente?
Como pode ter alguém dizendo a mesma frase pra outra pessoa?
Como pode existir gente que diz ter sentimentos iguais para pessoas diferentes?
Como pode existir pessoas que mudam as pessoas mas não as palavras e os sentimentos?
Isso é o meu maldizer... o clichê que tb já virou palavra desgastada demais pra que eu possa usa-lá.
Sim, claro... eu tenho mil amores, mas e aí??
Cada qual é um sentimento diferente.
Nada que sinto por um sinto pelo outro.
Verdade, de mil amores, mil sentimentos!
Então, qual a explicação?
Falta de criatividade?
Ah, não creio que seja.
Simplismente porquê esxistem pessoas banais?
Hm, também não pode ser, não creio.
Porquê gostam?
Não acredito!!!!!
Então é mesmo clichê?
Ah não, clichê demais dizer isto.
Maldigo!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Cada minuto, uma incógnita

Meu tpo é essa coisa q já acabou,
E se eu vagar sem destino,
Juro pelo menos pensar em algo normal,
E se eu não voltar atrás me perdoe,
A vida é alguma coisa assim q eu ainda não entendi,

Minha memória é essa coisa q já esqueci,
E o q percorri aparece aos poucos,
Me faz sorrir, pensar e algumas coisas a mais,
E se eu não encontrar o objetivo d tudo isso,
Não me culpe, sou leigo d vida e descrente d alma...

Minha calma é essa erupção camuflada,
Meu desespero é reprimido, mas se notar me acalme,
Me dê alguma coisa qualquer q alivie,
Bebida, sexo, drogas, ou ligue a televisão,
E me faça entender q essa rotina capitalista é meu remédio,

Minha retribuição é esse meu silêncio,
Essa paz representa aquilo q me falta,
Essa vontade d viver tudo ao mesmo tpo me anseia,
E me faz calar e fantasiar aquilo q sonhava,
Meu mundo paralelo já é maior q a realidade

Meu autocontrole é essa coisa q escapou,
Se qro dormir, saio até amanhecer,
Se eu qro beber me embriago,
Se qro me apaixonar, fujo,
Qdo há vontade de um sim, digo não...

Minha certeza é isso q eu ainda não consegui resolver,
E cada caminho q não escolhi,
Alimenta a minha ansiedade pelo q eu não sei,
E aumenta esse medo d partir, com mta coisa por fzr,
Não há tpo hábil pra descobrir tudo q vejo ou imagino,

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Camaleão

Não sei quem sou... Como se ser eu mesmo as vezes me assustasse... me fizesse mal...
Louca, personagem, criança, mulher... Essa sou eu?
Hummmm... As vezes é bom sair da realidade, virar astro do rock em shows imaginários, Samurai em batalhas nunca travadas, um tigre já extinto talvez... ou quem sabe um amante quente em noites inexistentes?
Essa sou eu? Totalmente fora do mundo real?
Mas o que é realidade senão aquilo que acreditamos que é real?
Vivemos de sonhos, fantasias, desejos e sentimentos, e nada disso é palpável então quem pode me dizer o que é real?
Como amar alguém sendo um camaleão de personalidades?
Hummm... é isso, não sou um tigre, mas sim um camaleão... Mas qual a identidade de um Camaleão? nenhuma...
Sou tudo e o nada, ou algo entre essas duas coisas... afinal o tudo é sempre muita coisa e o nada vazio demais e eu, o que sou? Bem sou as duas coisas, tudo e nada...
Mas não posso me enganar, acreditar nas minhas próprias mentiras como muitos fazem, pois senão o que for real para mim, será loucura, mentiras para os outros...
Afinal, como o camaleão, temos nossa verdadeira "cor", nossa existência e cabe a nós, somente nós, nos encontrarmos com essa verdadeira "cor"...

Chamaria de: o riso vazio.

Aquele riso foi o canto célebre

Da primeira estrela, em vão.

Milagre de primavera intacta

No sepulcro de neve

Rosa aberta ao vento, breve

Muito breve...

Não, aquele riso foi canto célebre

Alta melodia imóvel

Gorjeio de fonte núbil

Apenas brotada, na treva...

Fonte de lábios (hora

Estremamente mágica do silêncio das aves).

Oh, música entre pétalas

Não afugentes meu amor!

Mistério maior é o sono

Se de súbito não se ouve o riso da noite.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Glória à minha Deusa


Representa o poder benéfico do Sol e a força selvagem que dá coragem e ousadia. Sua função junto ao maior de todos os deuses é protegê-lo contra Apep, a serpente maligna. Bastet era invocada nos momentos de dificuldade e seu culto era um dos mais difundidos no Antigo Egito. As pessoas nascidas sob o signo de Bastet são extremamente bondosas. Costumam aderir a grandes causas, pois seu desejo é servir à humanidade. Amigas leais, fazem esforços surpreendentes para ajudar aqueles a quem amam. No entanto, gostam de se sentir livres, e tal como os felinos, preferem ser acarinhadas apenas quando sentem vontade. O lado negativo de sua personalidade fica por conta de uma certa rebeldia, que às vezes assume proporções extremas, levando-as a atitudes insensatas e até irresponsáveis.

Proteção maior


Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o deus Set arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Set. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após a morte, contra o infortúnio do Além.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

De mim, eu mesma, para a sensatez

vamos dar um tempo
um dia a gente se vê...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Enfim, só

Sem ninguém do lado
nem na mente
em mente
e nem ao menos em vista
Não obstante
não obedeço o certo
não o aceito
simplis
mente,
mente...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Assim...

como
buracos
rasgados
no fundo
do sofá.

Motivo de não saber escrever!

"Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele."
(Platão)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Língua

Mesmo não conhecendo-as
a gente se entende mais nela
do que na nossa propria
ela entedendo she'll be loved
e eu that i would be loved...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Alguma coisa qualquer



Meu vício do q qro sentir está em algum lugar ou em alguém q avalio, e meu silêncio é a ação mais precisa, esse pensamento volátil é um mero presente q agora mesmo acabou, e entre o fim e uma nova atitude, existe um lapso q não vale nada a esse instante, mas sim a alguma coisa q vai acontecer, q muda a todo momento e me enlouquece na interpretação dos erros q cometi e ainda não sei...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Poeira

Nesse minuto,
a realidade passou pra história,
o tempo cravou na memória,
e a lembrança precisa d tempo,
tudo precisa....
o avesso dominou o sentido,
e tudo corre meio perdido,
tudo voa como poeira, como areia nos olhos,
não interrompa a historia, a amizade, a memória,
seja breve pra perceber e pra dizer,
seja forte e sensível,
seja sonho, seja amigo,
seja o q for preciso, e rápido,
a vida passou mais um minuto,
e tudo q resta são lembranças, e precisa d tempo,
tudo precisa...
de um pouco mais d analogia, d percepção,
d um pouco mais de realidade,
pois tudo voa como poeira...

Homens trêmulos

Eis o maior poder feminino.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

esperança

exige um pouco mais
de espera
(ânsia)

lembra-te
eu sempre
me canso
até do des
canso
de
poder rolar
nas nuvens

recorda-te
eu sempre
volto à
atenção
para o par
de
cordas virgens
do teu violão

o tempo e o amor

O tempo
por tanto amor
se arrastou.
O amor
por tanto tempo
se acabou.

para a cor púrpura

Me faço evidente
Para me esconder
No simples invisível
Que ninguém vê.

minha música

Triste sorria com
fuso ensaio em
canto pelo som.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

De você

eu quero

sua voz
ao pé
do ouvido
chorando
baixinho
and she will be loved...

Amores

Dois, três, quatro...
igual coelhos,
multiplicam-se.

extremos

Um dia ela me disse dirigindo e soltando às mãos do volante:
- Fecha os olhos, vou te ensinar a sentir!
Ela me deu uma parede pra pintar
E deixou eu brincar com as cores
Eu pude inventar um corredor de flores
Ela me deu amor da cabeça aos
Pés colocou uma borboleta
Como ela se debatia e eu sentia
Eu sentia tudo ao meu redor se debatia
E vibrava vida
Eu via de olhos fechados uma simples pedra pulsar

Até que um dia ela me disse cuspindo na minha imagem que refletia no espelho
- Abra os olhos, vou te ensinar a não sentir...
E devagar ela soltou a minha mão
E com um pedaço de carvão
Ela fez do que era verde e roxo o preto
Tudo era tão escuro quando ela se jogou ao chão
Madrugada ao cheiro de cigarro e cores
Ela pisou de conhaque nas flores do nosso jardim
E eu fiquei ali assistindo até o fim
Já não sentia mais nada em mim
De olhos bem abertos tudo ao meu redor parou de cintilar

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Não vê...

que o arco-íris
é apenas
o forte desejo
que o céu tem
de mudar
de cor
às vezes?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

para o dia de hoje

"...que aconteça alguma coisa bem bonita para você, te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em todos de novo..."
[os sobreviventes]

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Seca

É preciso dar vazão aos sentimentos...

Paulo Leminski

"Para o zen budismo a lua na água é um símbolo da impermanência de todas as coisas".

tão
alta
a
torre
até
seu
tombo
virou
lenda.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O dia que Júpiter encontrou Saturno

-Você tem um cigarro?
-Estou tentando parar de fumar.
-Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.
-Você tem uma coisa nas mãos agora.
-Eu?
-Eu.

(Silêncio)

Caio Fernando Abreu

"Eu preciso muito, muito de você, eu quero muito, muito você aqui, de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada, só você mesmo, você nem precisa dizer alguma coisa no telefone, basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro".

adeuses

A vida é repleta de "adeuses" por todos os cantos:
As ondas do mar nascem grandes e triunfantes
E choram um adeus triste e calmo em uma beira qualquer...
As folhas choram um adeus ritmado ao caírem das árvores...
Os pássaros choram um adeus rotineiro e necessário
Partindo sempre de um lado para o outro em busca de vida...
E no meio de todos esses grandes "adeuses"
Meu coração hoje pede licença
Pra chorar um pequeno e humilde adeus cansado
Pela ausência do teu...

A gente ta sempre sozinho...

sempre!

Avó Lispector!

Então eu canto alto agudo uma melodia sincopada e estridente - é a minha própria dor, eu que carrego o mundo e há falta de felicidade. FELICIDADE?
Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes.

Amável Hesse

O humor é sempre um pouco burguês, embora o verdadeiro burguês seja incapaz de compreendê-lo.

Só para loucos...

Então, desesperado, tenho de escapar a outras regiões, se possível a caminho do prazer, se não, a caminho da dor. Quando não encontro nem um nem outro e respiro a morna mediocridade dos dias chamados bons, sinto-me tão dolorido e miserável em minha alma infantil, que atiro a enferrujada lira do agradecimento a cara satisfeita do sonolento deus, preferindo sentir em mim uma verdadeira dor infernal do que essa saudável temperatura de um quarto aquecido. Arde então em mim um selvagem anseio de sensações fortes, um ardor pela vida desregrada, baixa, normal e estéril, bem como um desejo louco de destruir algo, seja um armazém ou uma catedral, ou a mim mesmo, de cometer loucuras temerárias, de arrancar a cabeleira a alguns ídolos venerandos, de entregar a um casal de estudantes rebeldes os ansiados bilhetes de passagem para Hamburgo, de violar uma jovem ou de torcer o pescoço a algum defensor da ordem e da lei. Pois o que eu odiava profundamente e maldizia mais era aquela satisfação, aquela saúde, aquela comodidade, esse otimismo bem-cuidado dos cidadãos, essa educação adiposa e saudável do medíocre, do normal, do acomodado.

Kg

Qual seria o peso de cada pessoa?
Qual seria o peso dos sentimentos?
Qual seria o meu peso em tua vida?
É.
Peso!
Peso mesmo.
Como mediria?
Muito simples.
Pra cada pessoa/sentimento existe um peso.
As vezes pesa muito;
Noutras quase nada.
Como existem umas(ns) que pesam tanto que não suporto:
peso-pesado(deveriam emagrecer)
mas existem outras que pesam e nem sinto:
peso-pena[desnutridas(os), =/]
Hoje muita coisa pesa;
Outras quase nada.
Qual seria meu peso em tua vida?
Agora já chega que essa história ja está pesando muito por aqui.

Orgulho

Não diz que vá embora;
porquê nunca te pediria pra ficar.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Anestesia

meus pensamentos
sem sinestesia...
Tudo um dia
vira vida
e irradia.

MD:

uma droga.
-Dizem as más línguas.

Rivotril

Gotas,
graxas
Gastos,
graves
Gatos,
grota
Gosto,
glosa
Gozo:
glória.

Devaneios...

apenas.