quinta-feira, 22 de maio de 2008
Sorte de leminski
Já não temo os fantasmas
invoco a todos
que venham em bando
povoar meus dias
atormentar minhas noites
entre tantos
loucos e livres
existe um
que é doce
e que me falta.
(Alice Ruiz)
invoco a todos
que venham em bando
povoar meus dias
atormentar minhas noites
entre tantos
loucos e livres
existe um
que é doce
e que me falta.
(Alice Ruiz)
Monstruoso.
Corpo e mente sempre em sintonia
Disformes, os dois estão assim,
de brincadeira comigo, já faz tempo.
Disformes, os dois estão assim,
de brincadeira comigo, já faz tempo.
Palhaça
O meu maior sonho
é representar alguma coisa.
Mas não é qualquer coisa,
é o teatro que não me sai da cabeça.
Só que de teatro só tem a minha vida,
onde de papel só o pra enxugar as
lágrimas que escorrem é que realmente
existe,
-e vivo na mais pura sobriedade!!
é representar alguma coisa.
Mas não é qualquer coisa,
é o teatro que não me sai da cabeça.
Só que de teatro só tem a minha vida,
onde de papel só o pra enxugar as
lágrimas que escorrem é que realmente
existe,
-e vivo na mais pura sobriedade!!
Do meu lado
Poucas coisas a meu favor.
Muito pouco tenho a oferecer,
o de melhor é compartilhar a
minha apatia. Isso aí não é pouco,
eu semeio indiferença, frustada com
o que não me deixam ser, ou que eu
não consigo ser, eu sou assim.
O que não sou.
Muito pouco tenho a oferecer,
o de melhor é compartilhar a
minha apatia. Isso aí não é pouco,
eu semeio indiferença, frustada com
o que não me deixam ser, ou que eu
não consigo ser, eu sou assim.
O que não sou.
Ainda te levarei
Ainda te levarei
Amor
Para comer nozes frescas
Na montanha
E pendurar cerejas nas orelhas
Como se fossem flores
Ou rubis.
As nozes
Meu amor
Mancham os dedos
E são verdes e exatas
Como ovos
Mas as cerejas
Ah! As cerejas
São quando a cerejeira sua
Seu manso sangue.
Ainda te levarei àquela casa
onde floriam lilases
e serpentes tão claras quanto a água
deslizavam ao pé das macieiras.
Te mostrarei três lagos
no horizonte
três queijos maturando
numa adega
três lesmas
escondidas sob um vaso.
Estará tudo lá
à nossa espera
morangueiras quebradas
lagartixas.
Só não estará meu medo
de menina
aquele mais escuro que os ciprestes
ecos no mato passos sobre a ponte
garras na saia vento nos cabelos
e o latejar das veias repetindo
estou sozinha
e ninguém me salva.
(Marina Colasanti, pra quando eu estiver bem...)
Amor
Para comer nozes frescas
Na montanha
E pendurar cerejas nas orelhas
Como se fossem flores
Ou rubis.
As nozes
Meu amor
Mancham os dedos
E são verdes e exatas
Como ovos
Mas as cerejas
Ah! As cerejas
São quando a cerejeira sua
Seu manso sangue.
Ainda te levarei àquela casa
onde floriam lilases
e serpentes tão claras quanto a água
deslizavam ao pé das macieiras.
Te mostrarei três lagos
no horizonte
três queijos maturando
numa adega
três lesmas
escondidas sob um vaso.
Estará tudo lá
à nossa espera
morangueiras quebradas
lagartixas.
Só não estará meu medo
de menina
aquele mais escuro que os ciprestes
ecos no mato passos sobre a ponte
garras na saia vento nos cabelos
e o latejar das veias repetindo
estou sozinha
e ninguém me salva.
(Marina Colasanti, pra quando eu estiver bem...)
Vital
Não tem graça, essa histótia de não conseguir dizer, esse jeito de não saber falar, ser desarticulada. Isso ainda mata, talvez aos outros primeiramente e depois a ela por decepção.
5 reais
De todas as situações que ela tentava se dispersar para afastar a tristeza, aparecia a sua frente a causa da maioria de sua lastimação. Sempre assim, encontrava logo motivo para voltar as suas raízes.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Régio
Eu, dar flor, já não dou. Mas vós, ó flores,
pois que maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar flor, já não dou.
Eu, cantar já não canto. Mas vós, aves,
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.
Eu, invernos e outonos recalcados
Regelaram meu ser neste arrepio...
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, é de mim o frio.
Eu, Maio, já não tenho. Mas tu, Maio,
Vem, com tua paixão,
Prostrar a terra em cálido desmaio!
Que eu, ter Maio, já não.
Que eu, dar flor,já não dou; cantar,não canto;
Ter sol, não tenho; e amar...
Mas, se não amo,
Como é que, Maio em flor, te chamo tanto,
E não por mim assim te chamo?
pois que maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar flor, já não dou.
Eu, cantar já não canto. Mas vós, aves,
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.
Eu, invernos e outonos recalcados
Regelaram meu ser neste arrepio...
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, é de mim o frio.
Eu, Maio, já não tenho. Mas tu, Maio,
Vem, com tua paixão,
Prostrar a terra em cálido desmaio!
Que eu, ter Maio, já não.
Que eu, dar flor,já não dou; cantar,não canto;
Ter sol, não tenho; e amar...
Mas, se não amo,
Como é que, Maio em flor, te chamo tanto,
E não por mim assim te chamo?
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Dramaturga
São grupos restritos.
E agora elas não a deixam entrar.
Noooossa mas por quê?
....................................................
Pobre coitada miss don't fit!!!!
E agora elas não a deixam entrar.
Noooossa mas por quê?
....................................................
Pobre coitada miss don't fit!!!!
Nada faz.
Escuta o barulho de tudo, dos grilos,
da geladeira, dos gatos, dos carros, das portas,
dos relógios, do lápis no papel e acha que tudo pode ser sinfonia ou poesia.
Mas logo se irrita.
da geladeira, dos gatos, dos carros, das portas,
dos relógios, do lápis no papel e acha que tudo pode ser sinfonia ou poesia.
Mas logo se irrita.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Porém cuidadosa
Aqueles numeros todos não saem da cabeça.
Mas só loucos gravariam numeros assim.
Faz tempo que não gravara sequer um,
agora- ultimamente -decorara um novo, esse maior,
mais trabalhoso, mais resposabilidade que não se passa pela cabeça assumir.
Não interessa, nunca se gostou do juízo.
Mas só loucos gravariam numeros assim.
Faz tempo que não gravara sequer um,
agora- ultimamente -decorara um novo, esse maior,
mais trabalhoso, mais resposabilidade que não se passa pela cabeça assumir.
Não interessa, nunca se gostou do juízo.
Madrugada escura
O galo canta.
Está acordada, não dormiu.
5 mimutos de um bom momento
parece segundos;
5 minutos de insonia
leva uma vida,
desgraçada.
Está acordada, não dormiu.
5 mimutos de um bom momento
parece segundos;
5 minutos de insonia
leva uma vida,
desgraçada.
Agora
E
pensa
em alguém.
Homem
e
mulher.
Os insanos
da vida
dela.
Cada
qual
com sua
vida
programada.
Ela
bagunça,
solidão,
nada.
pensa
em alguém.
Homem
e
mulher.
Os insanos
da vida
dela.
Cada
qual
com sua
vida
programada.
Ela
bagunça,
solidão,
nada.
Adeus
Não.
Eu tô bem.
Felicidade
é coisa
que sempre
pende
pra algum
lado mesmo.
Bom
que o lado
oposto
insisti
em gostar
de mim,
assim
eu apenas
a
observo
e
aceno.
Eu tô bem.
Felicidade
é coisa
que sempre
pende
pra algum
lado mesmo.
Bom
que o lado
oposto
insisti
em gostar
de mim,
assim
eu apenas
a
observo
e
aceno.
Sal e açucar
Ela é amarga,
assim como seu fraco
ser café forte.
Ela é doce,
assim como seu forte
é ser fraca.
assim como seu fraco
ser café forte.
Ela é doce,
assim como seu forte
é ser fraca.
DOCE
Com amor
e de
muito amor.
Com os mais
abstratos
sonhos
e de realidade
asoluta.
Verdade
incerta
e desejo
profano.
Só se
eu e ele
Pena,
só se...
MEL
e de
muito amor.
Com os mais
abstratos
sonhos
e de realidade
asoluta.
Verdade
incerta
e desejo
profano.
Só se
eu e ele
Pena,
só se...
MEL
MOÇO
Lá
vem
ele,
com
conversas
sedutoras
e
cheio
de
encantadoras
metáforas.
Lá
vou
eu,
na
casa
azul,
de
preto
e
saio
feito
arco-
íris.
Só
ele
pra
conseguir
colorir
assim.
Só
eu
pra
tentar
ser
feliz
assim.
Com
ele.
MACIO.
vem
ele,
com
conversas
sedutoras
e
cheio
de
encantadoras
metáforas.
Lá
vou
eu,
na
casa
azul,
de
preto
e
saio
feito
arco-
íris.
Só
ele
pra
conseguir
colorir
assim.
Só
eu
pra
tentar
ser
feliz
assim.
Com
ele.
MACIO.
domingo, 11 de maio de 2008
Skap
quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz
você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho
Zeca Baleiro
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz
você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho
Zeca Baleiro
sexta-feira, 9 de maio de 2008
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